O episódio levou o Conselho Estadual dos Direitos Humanos --que é presidido por um padre-- a publicar nota de repúdio contra o "desrespeito à diversidade religiosa".
"As pessoas agredidas, principalmente, são as adeptas das religiões de matrizes africanas e ameríndias, candomblecistas, umbandistas e juremeiros", afirma a nota.
A seccional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) na Paraíba prepara uma nota de repúdio, que até a tarde de ontem havia sido subscrita por outras sete entidades --entre elas, a Convenção Nacional de Pastores e Teólogos, que representa evangélicos.
Para amanhã, militantes e simpatizantes marcaram um ato em frente à estátua, às 9h, por respeito às religiões e mais segurança no local.
"Foi uma coisa brutal, sem precedentes, que choca", diz Fernando Milanez Neto, chefe da Coordenadoria do Patrimônio Cultural da prefeitura, sobre a "decapitação".
"Mas não quero acreditar que tenha sido por intolerância religiosa, porque assim vai ser difícil conviver em sociedade. Não temos nada que prove isso ainda", afirma.
Segundo Milanez Neto, a cabeça foi recolocada ontem. A praça e o entorno serão revitalizados em breve, disse.
A delegacia na praia vizinha de Tambaú informou que o caso não foi registrado e que não abriu investigação pois ninguém prestou queixa. Em 2011, as mãos da mesma Iemanjá haviam sido arrancadas.
www1.folha.uol.com.br