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 Novo papa já foi acusado de cumplicidade com crimes da ditadura argentina

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Novo papa já foi acusado de cumplicidade com crimes da ditadura argentina 400


Recém-eleito papa, o argentino Jorge Mario Bergoglio é acusado de ter sido cúmplice de crimes cometidos pela ditadura cívico-militar de seu país (1976-1983). Arcebispo de Buenos Aires, o cardeal chegou a ser convocado para testemunhar em julgamento sobre a desaparição de sacerdotes durante os anos de terrorismo de Estado.

Em 2011, durante as audiências do processo sobre o plano sistemático de roubo de bebês - nascidos em prisões clandestinas, durante a ditadura, e adotados ilegalmente por outras famílias, em sua maioria próximas a autoridades militares –, Bergoglio chegou a ser citado para declarar, após testemunhas apontarem que ele estava ciente deste tipo de crime.

“Como é que o Bergoglio diz que só sabe do roubo de bebês há 10 anos?”, questionou em uma audiência Estela de la Cuadra, que apresentou ao tribunal cartas de seu pai ao arcebispo, agora papa, nos quais pedia que este intercedesse na procura por sua filha desaparecida, e de sua neta, que nasceu em um centro clandestino de prisão e tortura da ditadura.

Segundo o depoimento de Alicia De la Cuadra, primeira presidente da Associação Avós da Praça de Maio, durante a busca por sua neta, Bergoglio teria dado a ela uma carta na qual dizia que o bispo argentino Mario Piqui intercederia no caso. Após o contato com autoridades policiais, no entanto, o bispo teria afirmado ao casal que a criança estaria vivendo com um "bom casal” e que a suposta adoção já não tinha “volta atrás”.

Além dos indícios de cumplicidade no esquema de roubo e apropriação ilegal de menores, Bergoglio deveria declarar acerca da morte de religiosos durante a repressão, o que foi realizado por meio da visita de juiz à casa do religioso, condição prevista no Código Penal argentino para autoridades religiosas.

Em entrevista à televisão pública argentina, o jornalista Horacio Verbitsky, que publicou diversos livros com temáticas relacionadas com a ditadura argentina e com a Igreja Católica, afirma que, em audiência ante os tribunais, Bergoglio negou informações concedidas a ele em uma entrevista.

“Tenho detalhes de uma ilha chamada El Silencio, no [delta do] Tigre, que foi vendida pelo episcopado argentino para a Marinha, para servir como centro clandestino de prisão. Mas isso foi negado pelo cardeal perante os juízes”, afirmou o jornalista. “[Ele] negou fatos que eu tenho claramente documentados”, disse Verbistky.

Além disso, Bergoglio foi acusado pelas Mães da Praça de Maio de ter facilitado o sequestro dos sacerdotes jesuítas Francisco Jalics e Orlando Yorio. A versão é corroborada por Verbistky: “[Ele] era chefe da Companhia de Jesus, às quais eles pertenciam, mas em vez de protegê-los, lhes tirou a proteção eclesiástica e poucos dias depois foram sequestrados”.

“Ele os denunciou por estarem vinculados com a subversão e de terem desobedecido seus superiores hierárquicos”, continuou o jornalista, afirmando que a informação estava documentada na chancelaria argentina.

Em audiência sobre crimes cometidos na Escola de Mecânica da Marinha (Esma), centro de detenção clandestino da ditadura, a ex-presa e desaparecida María Elena Funes relatou que o arcebispo de Buenos Aires tinha proibido um dos jesuítas de atuar como padre na região de Bajo Flores, no sul da capital argentina, por razões ideológicas.

Berglogio foi denunciado pela primeira vez por cumplicidade com crimes da ditadura em 1986, no livro Igreja e Ditadura, escrito por Emilio Mignone, autor defensor dos direitos humanos que teve sua filha desaparecida.

*Com informações dos jornais Página 12 e Tiempo Argentino
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